Como diferenciar as curvas de ruptura B, C e D dos disjuntores?

Os disjuntores são dispositivos fundamentais para a segurança das redes elétricas. Eles protegem as instalações contra sobrecargas e curtos-circuitos, impedindo a geração de picos de correntes durante seu funcionamento. Para evitar que os disjuntores atuem com muita frequência por conta de altas correntes de eletricidade, foram criadas as curvas de ruptura. Você sabe quando usar cada uma delas? Leia este artigo e descubra a resposta!

Entenda as diferenças entre as curvas de ruptura dos disjuntores

As curvas de ruptura indicam o tempo que o disjuntor demora para desarmar sob uma determinada corrente. Além disso, identifica a quantidade a mais de corrente (acima da corrente nominal) que o dispositivo suporta. Existem três tipos de curvas de ruptura: B, C e D.

As variáveis nas curvas são o tempo (eixo vertical) e a quantidade de vezes a corrente nominal (eixo horizontal).

A curva A não é listada pelo fato de a sua nomenclatura ser confundida com a indicação da amperagem da capacidade do disjuntor. Afinal, a unidade de medida da corrente elétrica é dada em ampere (A).

Para saber qual a curva do disjuntor, basta verificar o tipo estampado no seu corpo. Em geral, as curvas de ruptura se diferenciam pelo seu range de atuação. Saiba mais, a seguir!

Curva B

A curva B possui uma faixa de ruptura que varia entre 3 e 5 vezes a corrente nominal do disjuntor. Utilizando um disjuntor de 16A como referência, na curva B ele iria atuar entre 48A e 80A. Apesar de ter a mesma corrente, o disjuntor tem faixas de atuação diferentes, dependendo do tipo de curva para o qual ele foi projetado.
A curva B é indicada para instalações residenciais e cargas resistivas de baixa intensidade:

• chuveiros elétricos;
• aquecedores;
• tomadas.

Curva C

A curva C possui uma faixa de atuação que fica entre 5 e 10 vezes a corrente nominal. Se o mesmo disjuntor de 16A fosse curva C, ele atuaria entre 80A e 160A.

O disjuntor tipo C é indicado para cargas indutivas com correntes de partidas médias:

• pequenos motores;
• ar-condicionado;
• motor de bomba de piscina;
• reatores de lâmpadas;
• bombas de poço artesiano;
• cargas indutivas similares.

Curva D

A faixa de ruptura da curva D varia entre 10 e 20 vezes a corrente nominal. Na curva D, o disjuntor de 16A atuaria numa faixa entre 160A e 320A.

O disjuntor tipo D é utilizado para instalações onde cargas indutivas de grande potência prevalecem:

• motores de grande porte;
• grandes transformadores.

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