Aterramento elétrico: técnicas e normas para mais segurança na obra
O aterramento elétrico é um dos pontos mais importantes em qualquer instalação. Seja em residências, comércios ou indústrias, ele garante que a energia elétrica tenha um caminho seguro para a terra em casos de falhas. Sem esse recurso, os riscos de choque elétrico, incêndio ou queima de equipamentos aumentam consideravelmente.
Neste artigo, vamos explicar de forma simples por que o aterramento elétrico é indispensável, quais técnicas podem ser aplicadas e quais normas devem ser seguidas para que a sua obra esteja protegida.
O que é aterramento elétrico?
O aterramento elétrico é o sistema responsável por conduzir correntes de fuga diretamente para o solo. Em outras palavras, ele cria uma ligação física entre a instalação elétrica e a terra. Esse processo protege tanto as pessoas quanto os equipamentos, já que desvia tensões perigosas para fora do ambiente de uso.
Sem o aterramento, um curto-circuito ou descarga elétrica poderia facilmente causar danos graves. É por isso que, em qualquer obra, do pequeno prédio ao grande galpão industrial, o sistema deve ser planejado e instalado corretamente.
Por que o aterramento elétrico é essencial para a segurança?
Existem três razões principais para considerar o aterramento elétrico indispensável:
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Proteção contra choques elétricos – evita que pessoas tenham contato direto com tensões perigosas.
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Segurança contra incêndios – reduz as chances de superaquecimento e queima de cabos.
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Preservação de equipamentos – impede que surtos elétricos danifiquem aparelhos sensíveis.
Além disso, quando se fala em automação, sistemas de TI e painéis modernos, o aterramento ganha ainda mais relevância. Afinal, a continuidade da operação depende da estabilidade elétrica.
Técnicas de aterramento elétrico mais utilizadas
1. Aterramento TN
Esse é o sistema mais comum em instalações residenciais e comerciais. O aterramento TN utiliza o neutro como referência e conecta as massas diretamente a ele. Dentro desse modelo, existem variações como TN-S (neutro e terra separados) e TN-C (neutro e terra combinados).
2. Aterramento TT
Nesse caso, o neutro da rede e o terra da instalação são independentes. É muito utilizado em áreas rurais e locais onde a concessionária não fornece condutor de proteção.
3. Aterramento IT
É um modelo aplicado em ambientes hospitalares e em setores industriais específicos. O aterramento IT garante continuidade mesmo quando ocorre um primeiro defeito de isolamento, evitando desligamentos imediatos.
4. Eletrodos de aterramento
Além do tipo de sistema, existem diferentes técnicas para conectar fisicamente a instalação à terra, como:
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Hastes de cobre ou aço cobreado.
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Malhas enterradas.
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Placas metálicas.
A escolha depende do tipo de solo, da resistência elétrica desejada e das exigências normativas.
Normas que regem o aterramento elétrico
O aterramento não pode ser feito de qualquer forma. Ele deve seguir normas técnicas que garantem padronização e segurança. As principais são:
ABNT NBR 5410
Essa é a norma brasileira mais conhecida quando o assunto é instalações elétricas de baixa tensão. Ela define requisitos para projetos, execução e manutenção. Também determina como deve ser feito o aterramento em residências e pequenas edificações.
ABNT NBR 5419
Voltada para proteção contra descargas atmosféricas, essa norma orienta a instalação de para-raios e sistemas de proteção contra raios. O aterramento é parte fundamental dessa proteção.
Normas internacionais
Em alguns casos, também podem ser aplicadas referências da IEC (International Electrotechnical Commission). Elas servem de base para muitos países, incluindo o Brasil.
Seguir essas normas é fundamental para garantir que o aterramento cumpra seu papel de proteção e funcione corretamente em situações de risco.
Principais erros no aterramento elétrico
Mesmo com normas e orientações, muitos erros ainda são cometidos. Entre os mais comuns estão:
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Utilizar hastes de baixa qualidade que se corroem rapidamente.
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Instalar o aterramento em solo de baixa condutividade sem estudo prévio.
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Não medir a resistência do aterramento após a instalação.
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Ligar todos os equipamentos em um único ponto sem análise de cargas.
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Não realizar manutenção periódica do sistema.
Cada um desses erros pode comprometer a segurança da obra, gerando riscos que poderiam ser evitados com o acompanhamento de um profissional capacitado.
Como dimensionar corretamente um aterramento elétrico
Dimensionar o sistema de aterramento significa calcular a quantidade de hastes ou malhas necessárias para atingir a resistência adequada. Conforme a NBR 5410, o valor ideal deve ser inferior a 10 ohms em instalações comuns.
Para esse cálculo, o engenheiro elétrico avalia:
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Tipo de solo (arenoso, argiloso ou rochoso).
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Nível de resistividade elétrica do terreno.
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Cargas da instalação.
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Quantidade e profundidade das hastes necessárias.
Esse dimensionamento técnico garante que o sistema atue corretamente em caso de falhas.
Manutenção do aterramento elétrico
Outro ponto muitas vezes esquecido é a manutenção. O aterramento não é um sistema que pode ser instalado e esquecido. Com o tempo, a resistência do solo pode mudar e comprometer a eficiência.
As principais recomendações são:
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Realizar medições periódicas da resistência elétrica.
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Verificar a integridade das hastes ou malhas enterradas.
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Substituir componentes oxidados ou corroídos.
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Revisar conexões entre cabos e pontos de aterramento.
Esse acompanhamento assegura que o sistema continue eficiente ao longo dos anos.
A importância do aterramento em diferentes tipos de obras
O aterramento elétrico é essencial em qualquer cenário, mas sua aplicação varia conforme o tipo de obra:
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Residências – protege moradores e equipamentos domésticos.
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Comércios – assegura funcionamento de sistemas de iluminação, climatização e automação.
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Indústrias – garante continuidade da produção, evitando paradas por falhas elétricas.
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Hospitais – mantém a operação de aparelhos vitais sem riscos de desligamento.
Sendo assim, independentemente do porte da obra, o aterramento deve ser prioridade desde o início do projeto.
Conclusão
O aterramento elétrico é um dos pilares da segurança em qualquer instalação. Além de evitar acidentes, ele garante que os equipamentos funcionem de forma estável e sem riscos de danos.
Seguir as normas técnicas, escolher o método correto e contar com profissionais capacitados são passos fundamentais para que o sistema seja realmente eficiente.
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